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Robin Bronen, advogada norte-americana, é uma das delegadas da cimeira. Bronen, também especialista em migração climática, afirma que «as comunidades forçadas a mudar-se devem participar no processo, incluindo a decisão inicial da mudança».
«Apesar de parecer óbvio, esses direitos podem ser desprezados em muitos lugares e deveriam ser definidos e protegidos internacionalmente», alertou Bronen através de um comunicado.
«Indígenas» pouco «contribuíram» para alterações climáticas
A presidente da Cimeira, Patrícia Cochran, afirmou que «os povos indígenas foram os que menos contribuíram para o problema mundial da mudança climática, mas, com quase toda a certeza, serão os mais castigados pelo seu impacto». Os povos indígenas são compostos por 300 a 350 milhões de pessoas (cerca de seis por cento da população mundial) e encontram-se «distribuídos» por quase cinco mil grupos distintos em mais de 70 países.
Cerca de 400 representantes dos povos indígenas e delegados de 80 países encontram-se reunidos em Anchorage, durante esta semana, para chamar à atenção sobre as consequências que as alterações climáticas têm nas suas comunidades. A conferência servirá também para partilhar experiencias sobre como o conhecimento tradicional de povos indígenas pode mitigar os efeitos das alterações climáticas e ajudar ao processo de adaptação.
A Cimeira encerra na próxima sexta-feira com a declaração de um plano de acção que servirá como «um apelo ao aos governos de todo o mundo para que incluam, por completo, os povos indígenas» em qualquer acordo sobre as alterações climáticas que venha a ser adoptado no futuro em substituição do Protocolo de Quioto.
Fonte: IOL Diário
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